TRÁS-OS-MONTES
Aqueles que antanho viviam entre o mar e as serras, no Noroeste de Portugal, e olhassem o nascente, referiam-se ás terras alem das serranias como as terras Trallos Montes. Já no século XII o território era nomeado por Trás-os-Montes, configurando uma comarca no reinado de D.João I (1385-1433), foram sacramentadas como província somente pela Constituição de 1822.
A época de João Roxo (1767-1843), Trás -os-Montes, separava-se, ao poente, do Entre-Douro e Minho (hoje províncias do Minho e do Douro Litoral) pelo Rio Tâmega e as serras do Marão e do Gerês, ao norte e ao nascente confrontava-se com a Espanha (antigamente os Reinos de Galiza e de Leão) e ao sul divisava-se com a Beira (atualmente Beira-Alta), tendo o rio Douro de permeio.
Este rio merece destaque. Correntoso nos mais de 100 km em que constitui a fronteira luso-espanhola, encaixado profundamente nas rochas, só se torna navegável após percorrer alguns quilômetros em solo português, ainda, assim, nunca deixando de apresentar perigo.
Rio Douro, Rio Douro,
Rio de tanto penedo
Se não fora o Rio Douro
Não tomava amor tão cedo.
apud Vasconcellos
Via de escoamento para o Porto do vinho que leva seu nome, era utilizada pelos rabelos, barcos de grandes velas retangulares, que transportavam as pipas parcialmente cheias a fim de flutuarem caso naufragassem; os barcos desciam a mercê da correnteza e subiam às expensas do vento ou da sirga puxada pela margem.
O relevo transmontano, continuação da meseta espanhola, impôs ao território um difícil relacionamento extra e intramuros. As serras constituíram sempre um obstáculo ás relações com os minho-durienses, com os galegos – exceto à altura de Chaves onde o povoamento não sofre descontinuidade e o intercâmbio era permanente – e com os leoneses, excluída Miranda, onde os vínculos justificam o dialeto mirandês. O rio Douro, de navegação e passagem difíceis, constituiu um estorvo ao acesso. A cultura popular consagrou tal isolamento com certo ufanismo de independência:
Para cá do Marão
Mandam os que ca’stão
Do Marão para lá
Mandam quem lá está.
apud Vasconcellos
A natureza foi a mãe não só do isolamento externo, mas devido ser o território montanhoso, apesar de apresentar extensas planuras, no interior a convivência entre as populações foi cerceada, ficando as terras ensimesmadas.
A segregação foi, tambem, favorecida pela quase inexistência de vias de acesso e interligação. A mais antiga, a via romana entre Bracara Augusta (atual Braga, no Minho) e Asturica Augusta (Astorga, na Galiza-Espanha), cruzava o território quase na presente fronteira, passando por Aquae Flaviae ( Chaves, no presente).
Terra pedregosa, magra e ascética, aqui e além matizada pela frescura rústica e pastoril de alguma veigas tem como autóctones o carvalho, o castanheiro e a amendoeira; a cultura da videira, possivelmente introduzida pelos romanos, se intensificou a partir do século XVII e XVIII, construindo-se à marreta, os socalcos que transformaram as vertentes do Douro em verdadeiros anfiteatros e na mais antiga região vinícola do mundo (1756) . A pecuária constituiu desde o tempo em que as populações começaram a se fixar, em atividade essencial, inicialmente com a suína, ovina e caprina, mais tarde com a bovina. Esta ganhou importância, utilizando os baldíos, glebas de fruição comum dos aldeães; a raça bovina barrosã, o boi barroso, originou a raça caracú de importância no sudeste brasileiro.[1] Nos primórdios o javali integrava eventualmente a refeição e o lobo era permanente ameaça.
O subsolo abasteceu de estanho o comércio das feitorias fenícias e púnicas na Península Ibérica, matéria prima essencial na Idade do Bronze, e constituiu fonte relevante para a mantença da agressividade e do luxo romanos, fornecendo-lhes o ferro e o ouro de Três Minas, concelho de Vila Pouca de Aguiar.
Na pré-historia o povoamento de Trás-os-Montes foi constatado na fase Neolítica, há 3.000 anos a C., ou talvez anteriormente, em Vila Pouca de Aguiar, Concelho do distrito de Vila Real, de onde procedem os Roxo. Aí foram descobertos dólmens, conhecidos como de corredor curto, estimando-se que datem desta época.
Apesar de seu isolamento, Trás-os-Montes foi evoluindo. As habitações passaram a utilizar pedra, não raro situadas em penhas, os castros constituindo locais de defesa. A agro-pecuária incorporou o gado bovino, a estrutura sócio-política começou a apresentar elites e chefias. Os utensílios de pedra foram convivendo e substituídos pelos de cerâmicas e metais, cobre, bronze e ferro. Surgiram a exploração mineira e metalúrgica, assim como o intercâmbio com as feitorias fenícias e gregas do litoral mediterrâneo da Península Ibérica. Esta no século VIII ao IX a C. foi invadida pelos primeiros indo-europeus, entre os quais os célticos.
No século II a C. iniciou-se um período de 700 anos de domínio romano que impôs sua marca indelével na vida transmontana, como o fez no resto do mundo que conquistou. Dois exemplos em Vila Real, futuro distrito ocidental de Trás-os-Montes, são ilustrativos.. O santuário megalítico de Panóias, a cerca de 15 km de Vila Real com seus sete penedos onde se realizavam sacrifícios litúrgicos ás divindades greco-romanas, exibe a influência religiosa. O couto aurífero de Três Minas no concelho de Vila Pouca de Aguiar mostra a organização empresarial e a capacidade tecnológica na exploração do conjunto de galerias subterrâneas e a céu aberto onde o trabalho realizado, estima-se, deve ter demandado o empenho regular de 2.000 homens durante dois séculos; ao lado da presença de dois destacamentos militares destinados à vigilância, representaram esses mineiros um respeitável contingente aculturador.
Como o restante da Europa Romana, a Península não esteve imune à invasão dos bárbaros. Os germanos aí chegaram no século V d.C., entre eles os suevos que se instalaram ao norte constituindo um reino, onde emergiu em 409 uma dinastia, sendo seu paladium localizado em Braga. Encontraram eles um norte cristianizado, cujos primórdios remontavam ao século II; quando da invasão havia no entre Douro e Minho duas dioceses, Braga e Porto e em Trás-os-Montes uma, a de Chaves. A conversão de um dos seus reis e a obra de São Martinho de Dume resultaram nos alicerces da Igreja duriense-transmontana.
A chegada na Península dos povos do Islam, árabes e bérberes, em 710, foi secundada por uma rápida conquista, porquanto, em 716 havia sujeitado todo o território que viria a ser Portugal. Ao chefe da campanha, o wadi Musa ibn Nusayr, é devido o nome do concelho de Murça, vizinho ao de Vila Pouca de Aguiar. Coube aos bérberes locarizarem-se no norte, inclusive Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
Uma das consequências da islamização ibérica foi a fundação em 718 por Pelágio, do Reino das Astúrias, que nasceu expandindo-se ás expensas do território conquistado aos mouros. Em 757 as fronteiras já estavam no Douro tendo esse sido, novamente ultrapassado pelos hereges somente por um interregno, na entrada do século X. Uns decênios após findou-se a dinastia asturiana, senhora das terras galaico-durienses. O Reino das Astúrias mais os de Leão e de Castela passaram ao cetro de Fernando, o Magno, navarro de nascimento, trazendo para seus domínios a influência cultural e novos conceitos de poder de além-Pirineus, e que iriam ecoar nas paragens transmontanas.
Alguns anos mais tarde (1096) o Condado Portucalense, parte do antigo Reino das Astúrias, era concedido ao nobre borgonhês, o Conde D.Henrique, não demorando que seu filho, Afonso Henriques, o tornasse independente, nascendo, assim, a nação portuguesa em 1139, como Portugal. Situavam-se suas fronteiras, grosso modo, em uma linha ao sul do rio Mondego, cruzando-o ao sul da Guarda até atingir o território mouro.
Ao tempo da conquista dos povos do Islam, Trás-os-Montes apresentava uma população rarefeita, rarefação que aumentou em decorrência da reação armada ocorrida, ainda, no século VIII. Os avanços e recuos de ambas as partes, favoráveis aos cristãos, levaram a um ermamento até o vale do Douro, fronteira com os mouros que, como mencionado, permaneceu por longo tempo. A par do despovoamento, não aceito unanimemente como total, ocorreu o colapso das instituições sócio-políticas e religiosas.
O território mouro ganho paulatinamente pelos cristãos consolidou-se, ao organizar-se nas fronteiras o poder local e atrair população ás terras conquistadas. Fernando, o Magno e seu filho Afonso VI iniciaram essa política no século XI, entretanto, tomou ela impulso com o Conde D.Henrique e suas primeiras gerações. Pela concessão de forais[3] foram reconhecidas as organizações preexistentes e os direitos imemoriais, estimulando-se o povoamento das terras conquistadas ou das que havia interesse colonizar. O reconhecimento desta obra colonizadora e reordenadora configura-se no epíteto de Povoador dado a Sancho I e no enaltecimento de D.Dinis, cantado nos Luziadas:
Nobres vilas de novo edificou,
Fortalezas, castelos mui seguros,
E quasi o Reino todo reformou
Com edifícios grandes e altos muros…
Canto III. 98
Muitos forais[4], todavia, contemplavam um insignificante número de pessoas. Nas paragens do atual distrito de Vila Real há alguns exemplos: o de Faváios, em 1211, concedido a 12 povoadores, de Canedo, em 1212, dado a 6 (sendo mencionados os nomes das mulheres dos cinco que eram casados), de Ceides e de Vila Chã, ambos na mesma data e igual número de pessoas.
Os forais encerram o período histórico essencial para serem conhecidas as origens de Trás-os-Montes, terra em que onde, se o habitante não perdoa desfeita ou desonra, é conhecido pelo seu caráter franco e generoso, onde é rude, mas pacífico, enérgico, contudo bondoso, autoritário, todavia amigo. Onde a fidelidade e a hospitalidade são religião:
As terras de Trás-os Montes,
Inda que a vida vá torta,
Todos encontram poisada !
Passante que bate à porta
E brade rijo: – ó de casa!-
Ouve de dentro – Lá vai…
Sente gente pôr-se a pé,
Saltar do catre num ai,
Ir acender a candeia,
Ao fogo vivo da brasa…
Alçar a tranca da porta,
Abrir a porta com fé,
E convidar, em voz cheia,
Estremunhada, mas franca:
Faz favor…entre quem é…
Alexandre de Matos
apud Fontes
DISTRITO DE VILA REAL
A província de Tráz -os-Montes compreende os distritos de Bragança, a leste e, o de Vila Real a oeste, separados pela ribeira do Rabaçal e o rio Tua. Vila Real é menor, representando 38% da área transmontana, tendo por divisa ao sul o distrito de Viseu, a oeste e norte seus limites são os provincianos. Abrange 14 concelhos, 259 freguesias e 4 sub regiões agrícolas.
Suas origens são antiquíssimas, superpondo-se ás de Trás-os-Montes, como testemunha a arqueologia. Do inicio do II milênio a C. há o povoado da Vinha de Soutilho, em Chaves, do I as estátuas-meníres, tambem em Chaves e os habitats alcantilados em Castelo de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar; da metade desse mesmo milênio há o colar de Malhada, em Vila Real.
Os romanos, a par da implantação de sua cultura, abrangendo os aspectos sociais, políticos, econômicos e religiosos, legaram inúmeros monumentos, alguns deles integrados ao quotidiano atual como a ponte sobre o Tâmega(cerca de 80 d.C.) em Chaves, a antiga Aquae Flavae, uma das mais florescentes cidades da Península Ibérica na época. Em Vila Real situavam-se as terras de Panóias, estendendo-se dos vertentes do Marão ao Tua e de Murça ao Douro, onde estão os restos do santuário já citado.
Ao domínio de Roma sobrepõe-se o do Islam, representado localmente pelos bérberes, colonizadores de Vila Real e Vila Pouca de Aguiar. Em decorrência do permanente estado beligerante da região, com alternância no domínio de ástures e mouros, ocorreu um esvaziamento demográfico.
Após a reconquista o repovoamento foi implementado pela política foraleira, iniciada no Século XI e incrementada pela dinastia de Borgonha, privilegiando Vila Real. Das 346 concessões da dinastia, 196, i.é. 56,7%, disseram respeito ás terras vila-realenses.
Da Idade Média restaram alguns castelos como o de Vila de Aguiar, em Vila Pouca de Aguiar, o mais antigo ( séc. IX-X), o de Chaves e de Montalegre, ambos do século XIV.
CONCELHO DE VILA POUCA DE AGUIAR
O Concelho constitui a unidade territorial e administrativa local, é o município, sendo sua gênese ásturo-leonesa. Esta instituição era desconhecida antes da concessão dos forais do sec.XI.
Geográficamente Vila Pouca de Aguiar é o mais central dos 14 concelhos de Vila Real, seus 419 Km2 – 10% da área distrital – estão distribuídos por 16 freguesias.
Limita-se no sentido horário, com os concelhos de Chaves, Valpaços, Murça, Sabrosa, Vila Real, Ribeira de Pena e Boticas, separando-se deste último pelo rio Tâmega, a divisa com os demais é seca.
O concelho, tradicionalmente, divide-se em Vale da Vila Pouca de Aguiar, designado popular e familiarmente por Vale (Val) da Vila Pouca, e Montanha. O vale, leito do rio Corgo, estende-se de norte a sul por mais de 15 km, variando sua largura entre 800 e 2.500 m; é limitado muito de perto, ao nascente, pela serra da Falperra e a oeste pela do Sandonho. A da Falperra nas proximidades da vila é, também, denominada Serra do Roxo. A Montanha reparte-se pelas serranias ás margens do rio Corgo. Seu nome origina-se de vila pouca, pequena povoação(pauc em provençal) e de (terra de) Aguiar, toponímico da terra, circunscrição administrativa antecessora, inclusive territorialmente, do atual concelho. Próximo à vila – 8 km a sudoeste, na freguesia de Telões – estão as ruínas do Castelo de Aguiar (sec.IX-X), significando aguiar local por onde andam as águias. Pouca foi havida pela nobreza local, como afronta a sua progênie, sendo substituída, durante algum tempo, por Vila de Aguiar de Pena.
Raros concelhos em Portugal terão documentos comprovantes de uma população tão antiga. Os dólmens estão presentes na maioria das freguesias; há exemplos de castros fortificados (sec. V a I a C.), alguns transformados em castelos, e não são raros os testemunhos da civilização romana.
O despovoamento de Vila Pouca foi constatado, contudo, há provas de ter sido relativo, não só por documentos mas, até pela circunstância de que a toponímia somente poderia ter sido preservada ás expensas de uma população preexistente; outro indício, decorrente, é o número de forais concedidos pela Dinastia Borgonhesa.
Vila Pouca de Aguiar recebeu foral somente em 1515, outorgado por D.Manuel, vários autores, contudo, lhe tem atribuído outros mais antigosµ. As razões do atardamento remontam à freguesia de São Salvador do Jugal, paróquia existente antes de 1220, e cabeça das terras de Aguiar até o sec. XIII, quando Vila Pouca começa a aparecer nos documentos. Jugal não teria recebido foral por ser em parte fidalga, ligada à Casa dos Souzões, e parte já ser vila municipalizada.
A antiguidade da Vila Pouca é traduzida pela data dos forais de suas freguesias e lugares, bem como pela toponímia indicativa de sua pluralidade étnica.
FREGUESIA DE SANTA EULÁLIA DE PENSALVOS
Freguesia é a menor divisão administrativa nas províncias e cidades portuguesas sendo, igualmente, denominação do distrito de uma paróquia.
Pensalvos, talvez há uma centúria, também Pensalves, é uma das freguesias do concelho de Vila Pouca de Aguiar, situando-se na área da Montanha, entre os rios Corgo e Tâmega e compreendendo, além da sede, os lugares de Cabanas e Souto do Mato; o topônimo é de origem e sentido obscuros, sendo o orago Santa Eulália. Possui cinco minas e é, também, uma região agro-pastoril.
O cristianismo da Península Ibérica data do século III, época das perseguições do Imperador Diocleciano nos estados romanos. Posteriormente floresceu: segundo notícias, havia, antes da fundação de Portugal, doze dioceses em seu atual território, entre as quais a de Aguae Flaviae, atual Chaves, Vila Real. Uma relação datada de aproximadamente 570, o Paroquial Suevo, cita 82 paróquias distribuídas por diversas dioceses: Braga, Dume (atual Freguesia do concelho de Braga, e que possuía uma única paróquia), Porto, Lamego, Coimbra e Viseu. Esta organização eclesiástica extinguiu-se em sua maioria em decorrência da invasão árabe, sendo restabelecida em sua maior parte conforme a reconquista avançava; a de Aquae Flaviae não o foi.
Quando em 1220 D. Afonso II mandou a Alem-Douro uma alçada de oficiais públicos realizar inquirições para averiguar judicialmente a natureza dos direitos senhoriais e dos padroados das igrejas e mosteiros na terra de Aguiar, havia sete grandes paróquias, entre elas a de Santa Eulália de Pensalvos que se estendia pela atuais freguesias de Afonsim, Bragado, Capeludos, Pensalvos e Parada de Monteiros; no século seguinte continuavam as mesmas.
Segundo Pinho Leal, possuía em 1757 (dez anos antes de João Roxo nascer) 57 fogos (casas) e em 1864, de acordo com a Estatística Paroquial, havia 101 fogos e 613 habitantes.
Duas das freguesias, Afonsim e Capeludos (em 1220 com 36 casais), receberam foraes, concedidos por D.Afonso III em 1225, tornando-se vilas, i.é., povoações regendo-se a si mesmas, com direitos e deveres próprios entre os seus moradores e para com o senhorio da terra (Gama Barros). Pensalvos não tem foral conhecido, mas como outros lugares ou “vilas”, pode ter recebido e ter desaparecido.
A Igreja, com a sineira ao lado, mas a parte, ambas de pedra lavrada, segundo Goulart Reis Filho±, é de estilo românico devendo datar do século XII, e o retábulo barroco, do século XVII, a ele se assemelhando os da Igreja de Antônio Dias, de Ouro Prêto-MG e da Capela do Embú-SP. Com pintura no teto de madeira, possui talhas douradas como a imagem de Santa Eulália, no retábulo, à esquerda do observador. Seu valor histórico e arquitetônico foi reconhecido pela Comunidade Européia que a restaurou recentemente. No seu interior, até a freguesia ter cemitério, foram sepultados os Roxo.
A casa da família com toda certeza sofreu reformas, mas seu núcleo inicial deve datar de mais de meio milênio.
Sobre Santa Eulália, não especificamente a de Pensalvos, se trova:
Santa Eulália, Santa Eulália,
Terra da minha paixão,
Quem me dera poder dar-lhe
Alma, vida e coração
apud Vasconcellos
Pouco mudou, continua uma aldeia com vida rústica em seus planaltos e serras, onde o verão é ameno e com o inverno vem a neve. Possivelmente, sua calma foi perturbada pela última vez quando, nas campanhas napoleônicas, o General Soult, em 1809, tomou a vizinha Chaves. Aí até os assentos paroquiais foram interrompidos devido a invasão inimiga, como consta dos respectivos livros.
REFERÊNCIAS
1. ALARCÃO, J. – Portugal das origens à romanização. In.Serrão, J. e Marques, A H. de O Nova história de Portugal. Lisboa, Editorial Presença, 1990, v.1.
2. BAPTISTA, J.M. – Chorografia moderna do Reino de Portugal. Lisboa Academia Real de Sciencias, 1874, v.1.
3. COELHO, M.H. da C. e HOMEM, A L. de C. – O quadro institucional. In SERRÃO, J. e MARQUES, A H. de O ed Nova História de Portugal. Portugal em definição de Fronteiras. Lisboa, Editorial Presença, 1996 v.3 p. 568-574.
4. ENCICLOPÉDIA, Lisboa, Editorial Enciclopédia Ltda, 40 v., s.d.1960.
5. FONTES, A L. – Etnografia Trasmontana. Crenças e tradições de Barroso. Lisboa, Editorial Domingos Barreira, s.d., 3ª ed. p. 23.
6. GOULART REIS FILHO, N., professor titular, Departamento de História da Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo – parecer pessoal.
7. GUIA DE PORTUGAL. Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real, Chaves e Barroso. Fundação Caluoste Gulbenkian, 3ª ed. Lisboa, 1995, v. 1.
8. MARQUES, A H. de O – Portugal das invasões germânicas à “reconquista”. In. Serrão, J. e Marques, A H. de O Nova História de Portugal. Lisboa, Editorial Presença, 1993, v. 2.
9. MATOSO, J. – História de Portugal. Antes de Portugal. Lisboa, Editorial v. 1 1993.
10. MATOSO, J.-História de Portugal. Monarquia Feudal. Lisboa, Editorial Estampa,1993, v.2
11. PINHO LEAL, A S. d’ A B. de – Portugal antigo e moderno, Dicionário geográfico, estatístico, chorográfico, heráldico, histórico, biográfico e etymológico, Mattos Moreira & Cia.., 1873, 12v.
12. VASCONCELLOS, J.L. – Etnografia portuguesa. Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 194-1997, 3v.
[1] No inicio como bois de tração, posteriormente como raça mista de leite e carne, sendo seu criatório mais concentrado nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, na região de Poços de Caldas-MG pela família Carvalho Dias.
[3] Carta de privilégio concedido pelo rei ou por um senhor aos povoadores ou habitantes de determinada vila ou povoação. Há-os de diversa extensão e importância, desde as simples cartas de povoação até aos diplomas desenvolvidos definidos como “cartas constitutivas de concelhos”, e em todos, sobretudo nos mais completos, se encontram disposições de vária ordem cuja característica principal era constituírem outra tantas garantias ou regalias mais ou menos apetecidas. apud MEREA, M.P. – Organização social e Administração pública. As fontes de direito e a justiça. In.PERES, D. Historia de Portugal, Barcelos, Portucalense Editora, 1939. V.2; p.509
[4] O foral concedia privilégios e direitos mas, também, impunha deveres e obrigações. Nos primórdios da nacionalidade representou um instrumento de povoamento das terras conquistadas aos mouros e de colonização dos territórios despovoados.
Parabens pelo seu site e pela história – muito interessante!
Visitei o site para ver se conseguiria achar uma indicação de onde mora Elena Maria Tuccimei que foi minha colega de Colégio Sion, em Petrópolis. E, sempre que nos reunimos perguntamos onde será que ela está morando.
Caso consiga dê a ela minha indicação cynescabral@gmail.com
Atenciosamente
Cynthia
Quero perguntar se no seu livro se faz referência a uns Roxos de Castelo de Vide, especialmente Antonio Patrocinio Roxo,casado com Maria Victoria e filho de Antonio José Roxo e de Francisca Gertrudes, estes nascidos cerca do ano de 1800.
Os Roxo que o livro se refere cita a região de Vila Pouca de Aguiar (Pensalvos, e arredores).Os Roxo de Castelo de Vide tem descendência no Brasil?
Os Roxo que o livro se refere são da região de Vila Pouca de Aguiar (Pensalvos, e arredores)
Os Roxo de Castelo de Vide tem descendentes no Brasil?
Desconheço. Como sei que pesquisou em Portalegre-Alentejo,por isso estou a perguntar se estes Roxos também constam desse livro.Mesmo assim,gostava de possuir um. Diga-me como proceder.
Olá João Roxo, sou LICINIO FRANCISCO WAITE, filho de ROSA ELIZABETH WAITE E HORATIO HUGHES WAITE, e gostaria que fosse incluído o nome do meu segundo filho, (falecido), RAFAEL PESSOA DAS NEVES WAITE, NASCIDO EM 14/12/1986, E FALECIDO EM 16/11/2007 NA RELACAO DE DESCENDENTES. Atenciosamente, PS. – Eu o parabenizo por tanta dedicação e trabalho realizado. Um Grande Abraço.
Olá João Roxo, sou CARLOS EDUARDO DUNSHEE DE ABRANCHES JARDIM, filho de HELOISA DUNSHEE DE ABRANCHES e ARYAMAN EDUARDO DUNSHEE DE ABRANCHES, neto de ANTONIA AUGUSTA DE OLIVEIRA ROXO “JULINHA” e CLÓVIS DUNSHEE DE ABRANCHES. Gostaria de sua gentileza de atualizar no Título II capítuo 3 – I -2 ANTONIA AUGUSTA DE OLIVEIRA ROXO “JULINHA”, que eu CARLOS EDUARDO DUNSHEE DE ABRNACHES JARDIM, 12/03/1940, sou divorciado de minha primeira esposa desde 1970. E com quem vivo junto desdeque me casei novamente em 27/01/1984, com FLORENCE (CAIAFA MILITÃO) DUNSHEE DE ABRANCHES JARDIM e com que sou casado até hoje e tivemos dois filhos. Nossa primeira filha, HELOISA DUNSHEE DE ABRANCHES JARDIM, nascida em 07/02/1984, e nosso segundo filho, CARLOS EDUARDO DUNSHEE DE ABRNACHES JARDIM FILHO, nascido em 14/04/1985. Parabéns por sua iniciativa e dedicação. Se desejar, tenho mais informações complementares e meus netos, filhos dos primos e suas famílias, que aqui ficaria muito grande o texto.Ficaria muito feliz se for possível essa atualização que solicite. Grande Abraço, Carlos Eduardo Jardim
Alo primo, ja acrescentei suas informações.
Caso tenha mais dados de netos, mande.Aí fica completo, Um abraço,
Eduardo Roxo Nobre
sou filho da irma do licínio dos reis maria Iolanda hoje que descobri sobre nome da minha mamãe reis